Mostrando postagens com marcador Dor. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Dor. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

23/7: O dia em que eu estava triste e pensava que fosse ficar feliz. Mas aí me machuquei mais uma vez na semana seguinte


Eu estava aqui pensando que deve haver alguma lógica na felicidade. Assim, uma espécie de ordenação aos momentos felizes. Ou melhor, ordem para as pessoas felizes. Um tal de "um por vez", entende?
Será que é possível todo mundo ser feliz, ou "estar bem", ao mesmo tempo? 
Talvez exista algum revezamento, um certo equilíbrio. "Hoje não é o meu dia", sabe? 

Pois é. Tem hoje que é o seu dia e tem hoje que simplesmente não o é. E é aí que podemos observar uma balança enorme, imaginária: enquanto eu estou bem, há alguém neste momento que se encontra muito mal. E vice-versa.

Pode ser uma visão maniqueísta ou até um tanto positiva, dependendo do olhar. 
Exemplo: estou duplamente "infeliz" hoje e me consola pensar que há alguém com dois motivos realmente muito bons para sorrir. E, ainda mais, que é amanhã já será o meu hoje. 

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

02/04/2012

Havia essa explícita necessidade. Não tinha outra cura ou remédio. Porque já era notável, a quem estivesse passando na outra calçada, que, a cada quatro passos que ela dava, valia uma mirada para trás.

Ela ia sem bagagem. Mas numa velocidade de tartaruga quando cabisbaixa. Porque já era notável, a quem estivesse passando na outra calçada, que a menina não estava com ânimo nenhum de ir embora. O que estava à frente, no momento, não lhe atraía. Era um céu acinzentado feito uma pasta homogênea. (No entanto, sejamos francos: nem o que estava atrás, objeto de sua atenção constante, era mais "atrativo". Nada havia. Apenas o deixado.)

Mérito da ventania ou de uma breve reflexão: ela viu a esquina. Achou sua resposta. O que será que encontro se eu dobrar a esquina? Será pior do que aqui? Será melhor? Vale a pena abandonar meu vagaroso caminhar se eu não posso mais voltar?

A única certeza, então, era essa: virando a esquina, você não tem mais como olhar para trás. A visão é outra. Tudo será esquecido porque deixado em outra rua.

Minhas memórias são como um grande quarteirão perdido em uma cidade cinza.