A menina lendo a lição silenciosamente, os meus pés descendo os degraus da escada, um homem roçando os dedos em sua barba, as pernas da mulher que corria na calçada, o limpador de vidros que me olhou por três segundos - e voltou ao trabalho - e o olhar perdido da mulher que devaneava em sua caminhada.
Existe uma longa duração em cada coisa externada. Tudo é eterno em sua leveza e passível de contemplação.
Ao fim, eu entrei no sebo para ser devorada pelos muitos mundos que existem dentro de bolhas.
Somos todos livros complexos.
14.06.2012
11h38
Lembrei-me do Sebo do Messias (e que velhinho simpático!) lá na Sé, que sempre me remete à uma música do Galldino (violinista d' O Teatro Mágico) que diz: "Caminhava na praça da Sé, celeiro do esconjuro...". Outro dia, quando fui até lá, com essa música na cabeça, havia um cara tocando violino dentro do sebo... Que sincronicidade!
ResponderExcluirLindo texto :)
Marina.
Adoro seus comentários, Marina!
ResponderExcluirE eu sempre vou ao Sebo do Messias. Será que a gente já se cruzou alguma vez e não sabe? ;)
Obrigada.
E beijos!