terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Leituras de 2011

Inspirando-me no post super bacana do Fê, do ao final do inverno, venho deixar aqui algumas das minhas melhores leituras deste ano. Sempre, em dezembro, rolam aqueles posts de balanço do que passou e das expectativas para o ano que virá. Eu geralmente fujo disso. Que tal, assim, falar dos livros de 2011? E que venham todos os outros da minha lista para 2012! Rs.


1) Budapeste - Chico Buarque

Como eu estava morrendo de vontade de ler esse livro!!! Mais que "Leite Derramado"; mais que "Estorvo". Ah, Budapeste... Chico fala dele numa de suas viagens, registrada em um dvd daquela coleção maravilhosa de 2006 (Uma Palavra, Bastidores, O Futebol etc).
Chico escreveu Budapeste sem nunca ter estado antes na Hungria.

O livro é fenomenal. Quando gosto muito de alguma leitura, digo que sinto "fome". Eu realmente aprecio a visão de "comer o livro". Como se ele fosse minha única fonte vital, preciso ler e ler até acabar. E, quando finalizo um, preciso de outro.

Assim foi com Budapeste. Ele me satisfez; ainda me lembro de como li as últimas páginas. Terminei e me senti órfã.






2) Tudo o que é sólido pode derreter - Rafael Gomes

Minha faculdade é dividida por semestres. Então, os livros que li até a metade do ano parecem que foram lidos há tempos. Tudo o que é sólido pode derreter era uma das minhas expectativas em 2011. Sou fã da série, do Rafael, Mayara, Victor, do Esmir. Esse livro é como se fosse o roteiro dos episódios, sabe?!
E é fabuloso tê-lo em casa.

De leitura fácil e rápida, Tudo o que é sólido é muito divertido e me lembra demais a época do Ensino Médio.
Existem algumas diferenças se comparado à série. No entanto, há frases e trechos iguaizinhos em todos os pontos.







3) Reparação - Ian McEwan

Ai, que difícil! É muito difícil falar de "Desejo e Reparação", o filme. Ainda mais o é quando se trata do livro.
Minha lista de leituras é enorme. E existem milhares que planejo e não incluo no papelzinho. Ou seja, qual é a utilidade, então, das anotações?
Enfim, Reparação era um daqueles livros que eu tinha em mente de ler algum dia em minha vida. Mas minha amiga Marina estava na vibe do Ian e comprou. Disse que era maravilho e me emprestou.
Bom, ele me fez parar qualquer outra coisa. Larguei alguns livros da faculdade e naufraguei em Reparação.
Não tem como descrever o processo. Pelo simples fato de ter sido tudo tão avassalador e rápido. 
Uma das minhas "sensação x de 365" aqui do blog é a leitura da cena da biblioteca. Porque eu não consegui parar...  E meu corpo enrijeceu e depois estremeceu com força, como diria Ian.





4) Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios - Marçal Aquino

Quando eu comecei a escrever esse post, pensei em desisti logo de cara. Creio não ser muito boa com listagem.
No caso, o problema não era a escolha dos melhores, pois esse ano eu tive experiências muito marcantes. Fiquei me perguntando o que falaria do livro de Marçal.
Eu esperei tanto por Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios. Mas foi muito mesmo.
Li uma entrevista com Marçal na revista Continuum, do Itaú Cultural, há um tempo. E aí eu me apaixonei por esse título. Foi simples.

Não sei muito o que falar. Ele atendeu a todas as minhas expectativas e me surpreendeu de todas as formas também. Marçal é genial. Marçal é bom. Sempre penso em Lavínia... Ela é um pouco Capitu. Ela é inesquecível.
Se eu tivesse que escolher apenas um livro de 2011, seria este.






"Falamos, falamos, falamos. E mesmo assim faltou dizer tanta coisa. E escutar 
também. Ela nunca disse que me amava. Jamais ouvi de seus lindos lábios a 
sentença que pronunciei algumas vezes."



5) Livro do Desassossego - Fernando Pessoa

O risco é cair em contradição. Este livro eu comprei no início de julho quando estava em Brasília. E ele é o livro que tenho mais marcado com fitinhas coloridas. Apesar de querer protegê-lo e ter muito ciúmes, não o guardei no armário. Todos os dias eu o abro e leio alguma frase, algum texto.

O risco é cair em contradição, pois ele é tão marcante quanto o do Marçal. E eu sinto que estou traindo Bernardo Soares (o semi-heterônimo autor do livro) ao optar por Eu receberia as piores notícias como o livro de 2011.
Estou sendo cruel, pois aguardo para ler Desassossego desde o ano passado. Eu o conhecia antes de querer saber quem era Cauby ou Lavínia com seus lábios.

E, como acontece com maioria dos livros de Fernando Pessoa, no final, você sempre acha que aquele cara sabe traduzir sua alma.




Definitivamente não gosto de listas - e sou tão dependente delas! Cadê A menina que roubava livros aqui? Cadê O observador no escritório que acabo de ler? Cadê Na natureza selvagem? Primeiro amor? Conversas com Almodóvar? E... e...


A todos os livros que fizeram meu 2011, muito obrigada!

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