quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Um pouco não importante, outro pouco relevante

As aulas voltaram hoje, dia 30. Para falar a verdade, eu já estava com saudade da rotina. Mas já reparei que, como várias outras coisas, esse sentimento também é diferente do existente na época de colégio. Na faculdade, durante as férias, eu fico com vontade de voltar às aulas, mas o tempo de comemoração pelo retorno da rotina é bem menor. Em muito menos tempo, já estou querendo férias novamente, outro respiro. Aí eu penso que devam existir alguns motivos para isso: o dia a dia da universidade é um tanto exaustivo; conciliar estágio com estudos requer mais de nossas reservas de energia; estou ficando velha.
Eu sempre fui meio velha para minha idade. Quanto tinha sete anos, já conversava como quem carregasse 100 nas costas. Minha avó costumava dizer que eu já tinha nascido na fase adulta. O que tenho a dizer sobre?
Bom, se eu nasci em 1992 e aos sete, em 1999, eu contava com 100 anos na bagagem, acredito que minha avó tenha errado por muito pouco. Considero-me uma pessoa do século XIX. Em nada tenho a ver com os jovens de hoje. Então me sinto muito bem assim. Talvez minha avó estivesse, com certa polidez, tentando esconder uns aninhos de minha idade.
Voltando ao assunto de minhas aulas. Estou definitivamente ansiosa para este semestre. Pela primeira vez, não olhei horários, disciplinas e não me preocupei com professores. Se me perguntar a razão do moderado "desleixo", não sei comentar a respeito. Me permiti saber que alguns de que gosto voltarão e outros também não estarão. Apenas isso. E é o ciclo da vida, não?
Mas acredito na, e o credito à, minha falta de tempo nos últimos dias. O retorno ao estágio, após o recesso de  um mês, foi repleto de mudanças: meu chefe muito bacana saiu, a outra estagiária encontrou novos caminhos e passei a desenvolver novas tarefas, das quais estou gostando demais - hoje mesmo fiquei além do meu horário de trabalho porque não estava com pressa de ir embora e na quinta-feira (pré-feriado em SP) lamentei não haver nada por ali no dia seguinte.

Esse post é mais uma tentativa - e um consequente fracasso - de falar sobre algo específico. Sinto que estou transbordando. E o que é melhor, transbordando coisas boas. Não sei explicar de fato; ou talvez até o saiba mas prefira guardar para mim. O ano passado, devido a momentos complicados, me censurei muito aqui neste blog, que é o meu canto. E, para mim, nunca houve nada melhor que vir aqui e escrever sobre qualquer coisa que estivesse em minha cabeça.
Portanto, chega de censuras - e é sobre isto que eu talvez esteja me preparando para falar com essas vindas aqui para dizer qualquer coisa. Finalmente, após tudo o que aconteceu, eu estou voltando a ser a Milena de antes, uma Milena que acreditava em N coisas que (quase) deixou de acreditar após um evento um pouco traumático. Sempre tive comigo que as pessoas podem fazer o que bem entendem com suas próprias vidas, seus caminhos e suas escolhas; mas costumava afirmar que deveria haver prudência para não machucar ninguém. Dizia que não havia sequer uma pessoa com direito de magoar a outra. Convicções, convicções... Depois acabamos descobrindo que, mesmo sem intenção, isto pode acabar acontecendo.
E a Milena que está voltando por aqui é aquela que, após quase um ano, conseguiu perdoar, guardar numa caixinha, tudo o que aconteceu. O caminho foi árduo, mas agora eu me sinto nova outra vez e  l e v e.

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