quinta-feira, 11 de outubro de 2012

20 de fevereiro, manhã orvalhada, sozinha e com muita dor dentro de mim.

Normalmente, os corações são retirados com o maior cuidado. Cirurgicamente. (Não falo apenas de experimentos médicos.) Guardados, conservados, doados ou apenas impedidos de amar outro ser. Ele, o coração, sempre é tomado de modo cauteloso. De extrema importância é mantê-lo intacto.
Por que o meu, então, levou uma machadada?
Por que ele foi destruído em mil pedaços quando ainda estava dentro de meu corpo?
Nunca imaginei sentir tantas pontadas. Descobri que era de vidro.

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