terça-feira, 15 de junho de 2010

El píton

Sempre digo que me sinto completa e que meu amor próprio é o suficiente. Mas, na verdade, meu querido, ninguém sabe de sua existência.
A única razão para eu me deitar e fechar os olhos é abri-los para lhe ver. Eu sei que você vai estar lá quando eu for chamá-lo. E o lugar onde nos encontramos só pertence a mim. O nosso amor é um desvario, uma brisa, um frio. Na sanidade e na aridez.
E você não é fruto de minha mente, pois, sinto seu braço envolvendo minha cintura. Quedo-me quente. Olhos atentos e vejo o amor.
Não és imaginação, coração. Muitas vezes tenho raiva e digo coisas que não estavam planejadas. Quando não apareces... Ah! Esses momentos são infinitos. Um frio descomunal e uma insônia pretensiosa me acarinha os cabelos negros, susurra-me ao ouvido que você, meu único Febo, está colocando outra a dormir. O violino afinadíssimo é meu grito de loucura. Pois meu amor não lança mão das partituras. Ele sabe seu fim. E adora sua história, seu drama próprio.
Sendo assim, sou apenas um joguete de meu amor com meu amado.

3 comentários:

  1. Lindo, lindo flor. Mas talvez fosse hora da garota do texto buscar o que é amor de verdade, porque a descrição do texto não se parece nada com ele. Beeijos.

    ResponderExcluir

Não estamos mais em 1968.